
Nichelle Henson, ex-candidata ao Conselho Municipal de Baltimore (EUA), foi condenada por fraude bancária e declarações falsas em um esquema milionário de desvio de fundos emergenciais. Até golpes no mercado de criptomoedas ela chegou a praticar.
Entre 2020 e 2021, ela solicitou fraudulentamente US$ 1,7 milhão por meio dos programas EIDL (Empréstimo por Danos Econômicos por Desastres) e PPP (Programa de Proteção ao Pagamento), criados para ajudar pequenas empresas durante a pandemia.
Henson falsificou documentos e inventou empresas para enganar a Agência de Pequenos Negócios dos EUA (SBA) e instituições financeiras.
Nenhuma das empresas registradas por ela possuía funcionários ou atividades comerciais legítimas.

Criptomoeda surgiu entre negócios fictícios criados por mulher, que pediu empréstimos e gastou tudo com cirurgias e obras em sua casa
Entre os negócios fictícios estavam Crowns Construction LLC, Your Friendly Tax Preparation Services LLC e Women Entrepreneurs Can Succeed LLC.
Para obter os empréstimos, Henson manipulou formulários fiscais e usou endereços falsos, incluindo um terreno baldio em Baltimore.
Um dos pedidos fraudulentos foi feito em nome da Nichelle Henson Campaign LLC, que supostamente financiaria sua candidatura política. No entanto, a candidatura já havia sido encerrada seis meses antes da solicitação do empréstimo. Além disso, ela forjou contas de serviços públicos para comprovar a existência das empresas inexistentes.
Com o dinheiro desviado, Henson financiou cirurgias plásticas, reformas em imóveis e novos negócios, incluindo uma concessionária de carros usados chamada Wyse Rides, que nunca chegou a operar. Parte dos fundos foi utilizada para pagar um ano de aluguel de sua residência e um espaço comercial para um negócio inexistente.
Outro uso irregular do dinheiro foi a criação de uma criptomoeda chamada Subina Coin. O projeto estava vinculado a uma suposta entidade denominada Adageyhdi Indian Nation, mas não houve qualquer comprovação de que o ativo digital tivesse aplicação real.
As investigações revelaram que o dinheiro para desenvolver a criptomoeda vinha dos fundos fraudulentos dos programas emergenciais.
Saques chamaram atenção das autoridades
Henson também retirou grandes quantias em dinheiro. O banco M&T, que concedeu parte dos empréstimos, percebeu as irregularidades e bloqueou suas contas. A instituição alertou as autoridades, que iniciaram a investigação e comprovaram a fraude.
A ex-candidata pode enfrentar até 30 anos de prisão por cada acusação de fraude bancária e 5 anos por cada acusação de declarações falsas. Ela também deverá restituir os valores obtidos ilegalmente à SBA e aos bancos prejudicados.
O caso faz parte da Força-Tarefa contra Fraudes na Recuperação da Pandemia, iniciativa do Departamento de Justiça dos EUA para punir crimes financeiros ligados ao CARES Act.
A lei foi criada para ajudar empresas afetadas pela pandemia, mas milhares de fraudes foram registradas em todo o país.
Fonte: Ex-criadora de criptomoeda é condenada por fraude bancária
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